quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Relatório da aula de campo no Cerrado

No dia 17 de outubro de 2015 no período da manhã foi realizada uma atividade de campo na Estação Ecológica do Cerrado, com os acadêmicos dos cursos de licenciatura de Geografia da UNESPAR e os acadêmicos de Biologia da Faculdade Integrado, os dois são Campus de Campo Mourão, aula em conjunto ministrada pelos professores Dr. Mauro Parolin e Dr. Rafael Zampar.
A Estação Ecológica do Cerrado é uma reserva ecológica com 13.300 metros quadrados, localizada a 24º 02’ 32’’ de latitude Sul e 52º 22’ 24’’ de Longitude W de Greenwich, que preserva área de mata de manifestação do Cerrado, considerado uma relíquia do Quaternário Antigo, que surgiu em decorrência de um clima diferente do atual, num passado histórico e geológico.
Junto da Estação está o Herbário, para atender a estudantes e pesquisadores na pesquisa cientifica, bem como profissionais da área ambiental que desejam conhecer melhor esta vegetação.
O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro e recentemente foi incluído na lista dos “hospots”. (SILVA & BATES, 2002). A inclusão mostra que ele está sendo considerado um ambiente bastante ameaçado e que a sobrevivência de suas espécies depende de sua conservação e preservação. (FIEDLER, 2004).
Na Estação o professor Dr. Mauro Parolin explicou quais seriam as atividades que estaríamos desenvolvendo nas proximidades, mais precisamente no lote 7H (local onde ainda preserva-se também parte do bioma Cerrado na Mesorregião Centro Ocidental Paranaense).
Para os acadêmicos da Geografia as disciplinas válidas foram para M.A.N.A (Mudanças Ambientais Naturais e Antrópicas) e Biogeografia.
A atividade constituiu-se em traçar uma análise do perfil da vegetação em dois quadrantes de 8mx2m, conforme a figura 1 e 2, para posteriormente classificar de acordo com o Embrapa qual Cerrado o quadrante se encaixa.
Figura 1 – Croqui do quadrante 1 representando o perfil e cobertura arbórea (sombra).

            Na figura 1 as espécies identificadas foram Brachiaria spp. Anacardiaceae, Annonaceae,  Cagaita (Eugenia dysenterica), o Cochlospermum regium (Mart. ex Schrank) Pilg ou algodão-do-cerrado e as gramíneas (Poaceae).

Figura 2 - Croqui do quadrante 2 representando o perfil e cobertura arbórea (sombra).

         Na figura 2 as espécies identificadas foram Brachiaria spp., Fabaceae cascuda, Butia paraguayensis (Barb. Rodr.) L.H.Bailey (Arecaceae),  Vochysia sp., e

as gramíneas (Poaceae).
PORCENTAGEM DE SOMBRA DA ÁREA ANALISADA
            Para calcular a área total de sombra emanada pelo cerrado sobre o recorte feito pela equipe, utilizamos o seguinte método:
            A partir de um programa de edição de imagens, após termos feito toda a distribuição das sombras sobre a área juntamos essas sombras, chegando aos seguintes modelos:
Figura 3 - Sombras aglutinadas (1º recorte)
Figura 4 - Sombras aglutinadas (2º recorte)

            Sabendo que a área total de cada recorte era de 16 m² (2x8 m.) foi realizado então o cálculo da área das sombras aglutinadas sendo 1 por 2 m da imagem 01, e 2 por 4.3 m. da imagem 02. Chegando aos respectivos resultados: 2m² e 8,6 m².
            Sendo assim, fizemos o cálculo da porcentagem, por meio da regra de 3 em que 16 m² = 100%, chegando então aos seguintes resultados.
§  Recorte 01: (100 / 16) x 2 m² = 12,5% de área de sombra
§  Recorte 02: (100 / 16) x 8,6 m² = 53,75 % de área de sombra
Obtendo uma média de 33.12 % de área de sombra nos dois recortes.
Desta forma o primeiro quadrante foi classificado como cerrado ralo por apresentar apenas 12,5% de sombra e altura média de dois a três metros de altura para se adequar no cerrado ralo a porcentagem de sombra precisa variar de 5% a 20%.
No segundo quadrante sua classificação foi de cerrado denso, com aproximadamente 53,75% o que resulta em uma altura média de cinco a oito metros, para se adequar no cerrado denso a porcentagem de sombra precisa variar de 50% a 70%.
Vale ressalta que o primeiro quadrante para o segundo teve uma variação de algumas dezenas de metros.
Acadêmicos que participaram da atividade: Gilberto, Naiane, Marina e Vinicius (MANA).


Referências

Agência de informação EMBRAPA. Bioma Cerrado. RIBEIRO, J. F. WALTER, B. M. T. Disponívelem:http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_59_911200585234.html. Acesso em: 17 Nov. 2015


FIEDLER, N.C. 2004. Efeito de Incêndios Florestais na Estrutura e Composição Florística de uma Área de Cerrado Sensu Stricto na Fazenda Água Limpa-Df . Revista Árvore Viçosa – MG.V.28 N.1 p. 129-138.

SILVA Jr., M. C.; BATES, J. M. 2002. Biogeographic patterns and conservation in South American Cerrado: a tropical savanna hotspot. Bioscience, v. 52, n. 3, p. 225- 233. SILVA Jr. M.C. 2005. 100 Árvores do cerrado – guia de campo. Rede de sementes do cerrado. Brasília.

Fotos das atividades:






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